quinta-feira, 24 de setembro de 2009


Omíadas

O Califado Omíada estabelecido em 661, durou cerca de um
século. Todos os califas da dinastia eram descendentes de Umayya Ibn Abd Shams, cidadão da Makkah e membro da tribo Coraix (Quraysh), que viveu pelo menos duas gerações antes do Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); O fundador da dinastia Omíada, Muawiya, e seus dois sucessores pertenciam ao ramo sufyaní (descendentes de Abu Sufyan) da família Omíada, enquanto os demais califas omíadas eram marwanidas, descendentes de Marwan Ibn al-Hakam, que tomou posse do califado em 684.

Neste tempo, Damasco tornou-se a capital do mundo Islâmico que se estendia das fronteiras ocidentais da China até ao sul da França. Não só continuaram as conquistas Islâmicas durante este período através do Norte de África até à Espanha e França no Ocidente, e até Sind, Ásia Central e Transoceânica no Oriente, como também fundaram as instituições legais e sociais básicas do recém criado mundo Islâmico.

Com a morte do califa 'Ali (que Deus esteja satisfeito com ele), o mundo muçulmano enfrentou uma guerra de secessão, que foi renovada diversas vezes, nos trinta anos subseqüentes, no curso da qual mais de meia dúzia de soberanos subiram ao trono e sumiram de cena. Com a ascensão ao poder de Abd Al Málik (685-705), o governo novamente se estabilizou, e iniciou-se uma nova onda de conquistas.

O califa Omíada mais conhecido é provavelmente Abd al-Malik (685-705), que construiu a Mesquita da Copula da Rocha de Jerusalém, emitiu a primeira moeda muçulmana e adotou a utilização do árabe como a língua oficial da administração. A Grande Mesquita de Damasco (construída a partir da igreja bizantina de São João) e a Mesquita Aqsa de Jerusalém foram construções dos Omíadas.

A Queda dos Omíadas

Nenhum dos califas da dinastia marwan exerceu o poder por muito tempo, com exceção de Hisham, que governou de 724 a 744. Durante este período, os muçulmanos expandiram o território islâmico até a França, quando foram interrompidos pelos francos em 736 (Tours).

Quando Hisham morreu, em 743, o império estava envolvido numa série de revoltas,foi nesta época que os abássidas, conseguiram destronar a dinastia Omíada. Os abássidas eram descendentes de al-Abbas, um tio paterno do Profeta Muhammad.

Foi quando os Abássidas se aliaram aos 'Alidas, e com seus exércitos unificados, derrotaram o último califa marwanida; Marwan II. O o líder dos Abássidas era Abul 'Abbas, que assumiu o califado, e pôs um fim a dinastia Omíada, fazendo-a dar lugar, em 750, à dos Abássidas

Os Abássidas

Os Abássidas, que sucederam aos Omíadas, mudaram a capital para Bagdá que em breve se desenvolveu num incomparável centro de instrução e cultura, transformando-se assim no coração político e administrativo de um vasto mundo.

Governaram por 500 anos, mas, gradualmente, o seu poder foi declinando e eles tornaram-se apenas em governantes simbólicos, transferindo a legitimidade para vários sultões e príncipes que detinham o poder militar. O Califado Abássida foi finalmente abolido quando Hulagu, o governante Mongol, capturou Bagdá em 1258, destruindo a maior parte da cidade, incluindo as incomparáveis bibliotecas.

Enquanto os Abássidas governaram em Bagdá, um número de poderosas dinastias tais como as Fatimidas, Ayyubidas e Mamelucos conservaram-se no poder no Egito, na Síria e Palestina. O acontecimento mais importante nesta época, nas relações entre o Islam e o mundo Ocidental, foi a série de cruzadas declaradas pelo Papa e apoiadas por vários reis Europeus.

A finalidade, embora política, destinava-se a capturar a Terra Santa, especialmente Jerusalém e devolve-la para o domínio dos Cristãos. Embora tivessem tido algum sucesso a princípio, onde o governo Europeu foi instalado em partes da Síria e Palestina, os Muçulmanos finalmente prevaleceram e, em 1187, Saladino (Salahuddin Ayyub), o grande General Muçulmano, recapturou Jerusalém e derrotou os Cruzados.

Inicio da Dinastia Abássida

A dinastia começou quando Abul Abbas assumiu o califado em 750 d.C. Tanto ele como seu sucessor, Abu Jafar al-Mansur, consolidaram o poder e iniciaram uma série de mudanças administrativas que iriam caracterizar a forma de governo islâmico pelos próximos séculos.













A administração Abássida seguiu muito de perto os modelos bizantino e sassânida. Era uma administração muito burocratizada e ao mesmo tempo centralizada. A criação do cargo de vizir foi apenas uma das inovações importadas dos sassânidas pelos abássidas para a administração islâmica.

Aperfeiçoaram o sistema postal criado pelos omíadas, transformando-o num serviço de inteligência eficiente. Os encarregados das províncias distantes eram os olhos e ouvidos do governo e relatórios regulares eram feitos ao governo central sobre tudo o que acontecia naqueles lugares.

A transferência do califado, de Damasco para Bagdá, significou mais do que uma mudança de dinastia. Representou também o deslocamento do centro da civilização islâmica do Mediterrâneo Oriental para as fronteiras da Ásia. A proximidade de Bagdá com a antiga capital sassânida, Ctesifonte, abriu as portas para as influências vindas da China ou da Índia, iniciando-se, a partir daí, um rápido declínio do poder político árabe.

Os abássidas, e o importante contingente de persas em que se apoiavam, transformaram-se em restauradores da tradição islâmica, supostamente traída pelos omíadas. Reforçaram o poder teocrático do califa e deram mais pompa ao cerimonial da corte. O novo califado assumiu o papel de defensor da fé, mais forte e menos questionado, já que não existia uma hierarquia religiosa reconhecida.

A designação do califa assegurava-se, em princípio, pela escolha de um herdeiro entre seus filhos. A época de esplendor correspondeu ao reinado de Harun al-Rashid, no período compreendido entre os anos 750 e 833.

Bagdá transformou-se em importante centro cultural, o que representou o desenvolvimento pleno da civilização cortesã e urbana do Islam. As ciências e as letras passaram por extraordinário desenvolvimento, e muitas vezes incorporaram aspectos de outras culturas, como a indiana, a greco-latina e a persa.


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